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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Repulsa ao Sistema

Repulsa ao Sistema

por BRUNO CARVALHO

Têm rádios que cobram até 20 mil reais para executar um sucesso durante 30 dias; a maioria dos músicos do Brasil não tem carteira assinada e nem contrato de trabalho

Domingo (18), estava marcado para o “Samba do Sino” se apresentar na Casa dos Cordéis. Momento antes de começar, apareceu um representante do ECAD (órgão que arrecada e distribuiu os direitos autorais para os compositores musicais), ele queria multar a instituição por não pagar as taxas pela veiculação de canções.

Esse fato me lembrou de um filme inglês chamado “Repulsa ao Sexo” é a história de uma garota que se revolta com as atitudes dos homens e, começa ceifar com todos que encontram na frente, todos que tentam seduzi-la. O amigo leitor deve estar se perguntando o que isso tem haver.

Nesse caso a repulsa é ao sistema que dificulta o trabalho de preservação da cultura desse país, para quem atrapalha aqueles que vivem para levar alegria e reflexão para as mentes que procuram se afastar da indústria cultural, que tanto faz mal para o desenvolvimento da nossa sociedade.

A vontade que tenho é de acabar com esse aparelho demagogo e corrupto, esse que vai cobrar de uma casa sem fins lucrativos, mas não acaba com o “jabá” (taxa cobrada pela maioria das grandes rádios brasileiras para que as músicas sejam veiculadas, segundo a Constituição Federal é crime).

Outro fator de discórdia é o faturamento do ECAD, que é questionado por todos compositores, mesmo aqueles que têm suas composições tocadas em grandes escalas, para onde vai esse dinheiro? Talvez só sirva para tirar daqueles que buscam levar a humanidade para a evolução por meio cultural.

Como cobrar direito autoral em uma roda de samba, cada canção que for lembrada por improviso deve ser marcada em uma lista? Fica difícil onde cada músico da roda puxa na lembrança uma letra que lembra o momento ou uma emoção. Como dizia Noel:

“Sambar é chorar de alegria,
É sorrir de nostalgia dentro da melodia”

Com certeza nem o mais avarento dos autores das músicas vão cobrar direitos de uma roda de samba.

Inspirado na Carole Ledoux (personagem do filme inglês), minha tesourada no sistema é por meio desse artigo, espero que o sangue jorre até se extinguir toda essa demagogia e corrupção. E que a viva arte popular!!!!!!!!!!!!

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